A Criação do Estado do Tocantins
O estado do Tocantins, oficialmente criado em 1988, é o mais jovem do Brasil, nascido de um movimento de separação da porção norte de Goiás. Com uma vasta extensão de cerrado, rios e montanhas, o Tocantins rapidamente se destacou por suas belezas naturais e por ser o lar de comunidades tradicionais que preservam até hoje suas culturas e histórias.
Os Quilombolas do Tocantins: Raízes e Resistência
Durante o período colonial, muitos escravos fugidos das fazendas e engenhos do Brasil, especialmente das regiões da Bahia e Maranhão, encontraram refúgio nas áreas isoladas do que hoje conhecemos como Tocantins. Essas comunidades formaram quilombos, que são hoje símbolos de resistência e preservação cultural.
Entre os quilombos mais notáveis do Tocantins está o Quilombo Mumbuca. Este quilombo, fundado por descendentes de escravos fugidos, mantém até hoje as tradições herdadas de seus antepassados, incluindo a música, a culinária e o artesanato.
O Quilombo Mumbuca e a Descoberta do Capim Dourado
O Quilombo Mumbuca tornou-se especialmente famoso pela descoberta do capim dourado, uma planta nativa que se tornou símbolo da região. A história conta que Dona Guilhermina, uma moradora do quilombo, ao ver o capim pela primeira vez, decidiu usá-lo para fazer um chapéu para seu marido, que na época viajava de mula pelo Brasil trocando produtos locais por outros itens. O chapéu, feito de capim dourado, chamou tanta atenção que logo o artesanato se transformou na principal fonte de renda da comunidade de Mumbuca.
Hoje, o capim dourado é muito mais do que um produto artesanal. Ele é um símbolo de identidade cultural e resistência, além de ser uma fonte significativa de sustento para as famílias do quilombo.
As Belezas Naturais e o Turismo no Jalapão
O Jalapão, localizado no coração do Tocantins, é famoso por suas paisagens deslumbrantes, que incluem dunas alaranjadas, montanhas de topo reto, cerrados vastos e fervedouros de águas cristalinas. Por muito tempo, o turismo na região foi explorado por pessoas de fora, que enxergaram no Jalapão uma oportunidade lucrativa. No entanto, essa realidade está mudando.
Hoje, os próprios quilombolas do Jalapão estão à frente de suas próprias agências de turismo, promovendo o turismo de base comunitária. Isso significa que o turista que visita o Jalapão tem a oportunidade de viver uma experiência autêntica e imersiva, conhecendo de perto as tradições, a cultura e as belezas naturais da região, tudo com o acolhimento caloroso da comunidade local.
Turismo de Base Comunitária com a Algoritimado
A Algoritimado, através do seu produto Trip Planner, oferece pacotes de turismo de base comunitária em parceria com os quilombolas do Jalapão. Você pode conferir mais detalhes neste link.
Com esses pacotes, os visitantes têm a oportunidade de não apenas admirar as paisagens do Jalapão, mas também de participar ativamente da vida da comunidade. Dependendo da época, é possível participar da colheita do capim dourado, aprender sobre o processo de artesanato, experimentar a música local tocando a viola de Buriti com o artista Arnon, e degustar as delícias da culinária quilombola.
Além disso, o turista é acolhido pelos moradores de Mumbuca, vivenciando um modo de vida que respeita e valoriza a natureza e as tradições culturais.
Conclusão
O Jalapão é muito mais do que um destino turístico; é um lugar de história, cultura e resistência. Ao visitar o Jalapão com a Algoritimado, você apoia o desenvolvimento sustentável da comunidade local e se conecta de maneira profunda com o coração do Brasil. Aproveite essa oportunidade única de descobrir o Jalapão por meio dos olhos de seus verdadeiros guardiões.